Enquanto vozes são ouvidas lá fora
Aqui dentro deuses planejam uma grande batalha
Escolhem armas e sentimentos
Contras as costas descobertas dos inimigos
Procuram fazer florescer pequenas desgraças
Assim à noite se aproxima
Com gritos secos de cólera
E música doce, divina, celeste
Estão todos no mesmo palco
Seus desejos os pensamentos mais insanos
Escrevem na areia da praia, novas praias
De tempos remotos ou do futuro ou do passado
Onde todos permanecem frios e calados
Nos interiores rios de lágrimas
Soluços de amor desperdiçados
Na voz o grito contra o destino
No destino o riso dos vencedores
No céu as cores vivas e brilhantes do mundo.
No mundo a tranqüilidade de um domingo de sol.
Luiz Vieira
Lascinante…